O destaque negativo da semana vai para a companhia aérea Azul, a companhia teve seu rating rebaixado pela S&P com a deterioração da sua situação financeira, além da perspectiva de recuperação lenta do setor aéreo para o decorrer do ano.
A Azul foi impactada diretamente pela pandemia e depreciação do real no trimestre anterior, projeções indicam que 40% de sua frota permanecerá aterrada até o final do ano, comprometendo a liquidez e fluxos de caixa da empresa. A variação cambial, por sua vez, gerou um deficit financeiro de R$4,2 bi no período, sobretudo na dívida com arrendamento de aeronaves contabilizada em dólar.
Segundo a S&P, a contração da demanda e os pagamentos expressivos de arrendamentos no curto prazo podem comprometer a capacidade da empresa de cumprir as obrigações. A contração de 24% de caixa no trimestre é preocupante e o resultado deve piorar com menores receitas ao longo do ano, tornando a companhia extremamente alavancada.
Por fim, a retomada lenta e restrita da aviação civil pode afetar eventuais financiamentos de longo prazo da Azul, pressionando ambas as partes e exigindo reestruturações contratuais e de dívidas, rebaixando a classificação de risco da companhia.
Fontes:
Infomoney
RI - Azul